Não é preciso muita genialidade
para saber que a inspiração vem da tristeza. A maioria dos livros, peças teatrais,
filmes, e artes são feitas em momento de tristeza e desalento.
Citações de que não se deve prometer
algo quando está feliz não são mito. A felicidade é ótima, mas ela só é boa em
doses controladas. Uma pessoa feliz o tempo todo, é uma pessoa que quer parecer
algo que ela não é. Não que a felicidade não exista, pois ela existe é um dos
sentimentos que mais sentimos prazer em ter, mas a melancolia está presente em
nossa vida a todo momento.
Joel acordando no começo (e no quase
final) de “Brilho Eterno de uma Mente Sem Lembranças” retrata que a melancolia é
um sentimento que sentimos de forma natural, não precisando de um motivo. Ele
acordou sem saber o que tinha feito, mas era nítido que lhe faltava algo.
Uma sinfonia composta em um tom
melancólico, ou um filme com cenários bucólicos, sempre vão nos inspirar mais
do que algumas festas ou casamentos felizes.
A felicidade é como uma droga,
que cria uma dependência. Você precisa estar feliz, mostrar que é feliz, sempre
nutrir aquele sentimento de felicidade. A melancolia vem naturalmente, a
tristeza está por toda parte.
Não que eu seja uma pessoa
triste, longe disso! Penso que sou feliz, muito feliz, e que batalhei por essa
felicidade, mas se existe uma coisa, de que não abro mão para ser feliz, e para
me inspirar a ser feliz, são dias ruins.
"Feliz é a inocente vestal; Esquecendo o mundo e sendo por ele esquecida.
Brilho eterno de uma mente sem lembranças; Toda prece é ouvida, toda graça se alcança."