terça-feira, 29 de janeiro de 2013

Os Números do Universo


Em um céu escuro, de uma cidade do interior, vemos tantas estrelas que não sabemos para onde olhar! Fica até difícil identificar algumas coisas. O problema é que só podemos ver em torno de 5 mil estrelas no céu, a olho nu. Mas e o resto? Aliás, como é esse resto? De quantas estrelas estamos falando?
No Universo, as estrelas, em quase sua total maioria, ficam dentro de galáxias. Já foram documentadas estrelas que foram jogadas para fora das galáxias, mas são casos menos comuns. E quantas galáxias existem?
Primeiro é preciso entender que o que sabemos do Universo, está na regra do “Universo Observável”, que são os corpos celestes que sua luz chegam até nós. Dentro desse limite, temos em torno de 100 bilhões de galáxias. Levando em conta que existem galáxias pequenas, e galáxias grandes, faremos uma média, e colocaremos 100 bilhões de estrelas por galáxia, mesmo sabendo que nossa Via-Láctea possui cerca de 200 bilhões.
Na Via-Láctea, a estimativa é que existam em torno de 17 bilhões de planetas do tamanho da Terra. Ao menos uma estrela da Via-Láctea, em cada seis, possui um planeta deste tamanho. Claro que nem todos estão na chamada “zona habitável”, que é estar em uma distância média da estrela, fazendo com que a temperatura seja suportável, e a água possa estar em estado líquido. Tudo isso, claro, prevendo que a vida seja parecida com a que existe na Terra. Podem existir tipos de vidas que sobrevivam no frio ou calor extremo, ou que se alimentem de outro modo, nada é impossível.
         Em uma galáxia, a nossa, podem existir 17 bilhões de planetas do tamanho da Terra, sem contar os que são muito maiores, e podem ter satélites naturais que possam suportar vida. No Universo, existem em torno de 100 bilhões de galáxias. E os planetas nas outras galáxias? Multiplicar isso? Não adianta. O número é tão grande, que nossa mente não consegue entender o que isso realmente significa.

Por curiosidade, o número de estrelas do Universo:  10.000.000.000.000.000.000.000.

Galáxia do Sombreiro

terça-feira, 22 de janeiro de 2013

Enterrem Meu Coração Na Curva Do Rio


A morte de um rio não dizimou Índios, mas pode ter acabado com alguns tipos de vidas primitivas, já que foram divulgadas fotos de um enorme leito de um possível rio que deixou de existir, e que media 1.500 Km, e possuía vários afluentes.
         Esse antigo rio não foi extinto pelas construções do homem, nem por seu “espírito empreendedor”, mas sim pelo tempo. Esse rio corria em Marte, nosso planeta vizinho. Ele existia, possivelmente, entre 3,5 bilhões e 1,8 bilhão de anos atrás.
         As provas de que a água líquida já correu em Marte são irrefutáveis, mas para grande parte da população, é necessária uma prova real, documentada e atual disso. Curioso é perceber que para algumas crenças e para um certo misticismo que existe no mundo, isso não vale, basta acreditar e ela se torna real.
         Existiam alguns tipos de seres nesse rio? Seria possível, no passado, Marte ter abrigado algum tipo de vida primitiva?
         Existe a possibilidade de encontrarem água no subsolo, mas é pouco provável que Marte tenha abrigado organismos vivos. Pode ser que a água estava presente, mas a vida não conseguiu se desenvolver. Pode ser que a matéria prima da vida tenha vindo de Marte para a Terra, em algum meteorito, que foi arremessado de lá pra cá, como já aconteceu no passado, e então tivemos a “explosão da vida”.
Seria muito mais interessante se a vida tivesse se desenvolvido nos dois planetas. A diversidade de seres seria tão grande, que talvez nunca conheceríamos todos. Conhecemos tão pouco de nossos oceanos, ainda são encontradas espécies novas de seres que vivem em florestas, e tudo é tão fascinante, que algumas novas espécies de outros planetas, não iriam deixar os cientistas nada irritados em ter que trabalhar um pouco mais.

Visto de cima, o rio.



Visão em perspectiva

domingo, 20 de janeiro de 2013

Medley


Nada consigo fazer quando a saudade aperta, foge-me a inspiração, sinto a alma deserta. Foi preciso ir além das palavras pra ver o que sempre senti, mas não me diga isso, hoje a tristeza não é passageira! Somos quem podemos ser, sonhos que podemos ter.
Mas os momentos felizes não estão escondidos, nem no passado e nem no futuro. Ainda sou o mesmo cara que fala de amor,  sem ter vergonha nem medo, mostrando quem sou. Mas se um dia eu chegar muito estranho, deixa essa água no corpo lembrar nosso banho. Eu estava aqui o tempo todo e só você não viu.
E digo que foi fácil agora que tudo terminou, vou dizer que nem percebi! Nem liga guria, se nos meus olhos não há mais o brilho de quem viva com o coração em paz. Faz muito pouco tempo, aprendi a aceitar, quem é dono da verdade não é dono de ninguém.
Como vai você vivendo por aí? Por aqui vou eu no mesmo lugar. Eu nunca fui de lembrar, nem tenho quadros em casa. “Eu gosto de você” as vezes pode ser a pior coisa pra se ouvir. Não te dizer o que eu penso, já é pensar em dizer. Se eu pudesse escolher outra forma de ser, eu seria você.
E quando chegar a noite, cada estrela parecerá uma lágrima, só tenho que me lembrar: vai passar todo sofrer, e tudo de mal que acontece na minha vida e me incentiva a melhor ser. O tempo passa, a vida encontra o seu lugar. Há sempre uma saída, um jeito de mudar.


terça-feira, 8 de janeiro de 2013

Raul Não Morreu



Essa noite sonhei que Raul Seixas estava vivo. Ele estava preso, e depois de tanto tempo longe do mundo e da mídia, foi solto. Me lembro dele saindo de um carro, cantando “Meu Amigo Pedro”, com cabelo curto e cavanhaque, agindo da mesma forma que sempre foi, achando que o mundo ainda era dele, que as pessoas ainda tinham interesse em serem diferentes e fugirem do sistema, mas estava enganado.
         Estranho ver como as pessoas se conformam em serem todas iguais, fazer parte de um esteriótipo, e todos que forem diferente disso, são loucos. Ainda bem que temos loucos!
         Óculos escuro, cabelo mal cortado, barba por fazer, tatuagens e roupas pretas rasgadas, é assim que você verá um certo morador do meu bairro. Alguns olham espantados, enquanto ele toca violão em um domingo a tarde na rua, ou quando sai pra passear sábado de manhã, em seu Jeep vermelho impecável, mas ele vive um sonho, o sonho dele, não um sonho que alguém criou e disse “viva este sonho, ele é seu!”.
         O sonho acabou aí, Raul cantando e tentando voltar ao mundo real, que é bem diferente do que ele viveu. Ele demoraria pra se acostumar, provavelmente nunca se acostumaria, viveria bêbado nos bares, viajando por aí vendendo poesia, ou se mataria, em um gesto de protesto, pra dizer que o mundo de hoje em dia não é tão legal quanto o de antigamente.
         Passei o dia pensando nisso. Talvez meu cérebro buscou a cena no destino de Dean Moriarty em “On The Road”, que no filme me deixou pensativo, mais do que no livro. Talvez viver seu próprio sonho seja para poucos mesmo.





terça-feira, 1 de janeiro de 2013

Sonhos

É difícil compreender que alguns de nossos sonhos são só para ser sonhados. Vivê-los seria uma afronta ao acaso.